DIA INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E SÍTIOS

A Academia Militar “Marechal Samora Machel” associa-se, anualmente, às comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, criado pelo Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) à 18 de Abril de 1982 e aprovado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 1983. Esta comemoração tem como objectivo sensibilizar o público para a diversidade e vulnerabilidade do património, bem como para o esforço envolvido na sua protecção e conservação.

Neste ano de 2020, o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (DIMS), tem como lema “Património Partilhado – Culturas partilhadas, património partilhado, responsabilidade partilhada”.

A escolha do lema, visa “promover a noção de partilha enquanto legado indissociável de património que constitui parte integrante e indispensável da nossa identidade cultural, na sua percepção mais abrangente- quer falemos de sítios, de monumentos, de paisagens, de práticas ou de colecções  enquanto factor de identidade e agregação de grupos e de comunidades, de relações entre culturas, e de responsabilização colectiva na protecção e salvaguarda de atributos, de significados e valores que constituem a nossa herança comum”.

Na Academia Militar, o Património Histórico-Cultural é constituído pelos seguintes monumentos:

  1. Comando Militar da Macuana e residência de Neutel de Abreu

Os dois edifícios, são os primeiros de alvenaria da cidade de Nampula. Pensa-se que tenham sido construídos entre 1907 a 1910. O primeiro como comando no qual eram preparadas matérias de natureza táctica e operativa. Os edifícios constituem património Histórico-Cultural não só da Academia Militar, mas também da cidade Nampula.

 

  1. Estátua de Neutel de Abreu

 

Nos anos 50, as autoridades portuguesas, decidiram homenagear o Major Neutel de Abreu, construindo uma praça e uma estátua, baptizado com o seu nome, para imortalizar as suas proezas de ter conseguido, por um lado, conquistar o Distrito de Moçambique e por outro, por ser um dos colonos mais destacados e fundador da cidade de Nampula. Depois da independência Nacional, a Praça Neutel de Abreu foi transformada em Praça dos Heróis Moçambicanos e a estátua do Major Abreu foi removido para o recinto do Museu da AM (lateral direito).

 

  1. Museu e Monumento aos soldados tombados em combate

O edifício do actual Museu da Academia Militar, foi construído em 1958 para servir de Capela aos militares portugueses e suas famílias, afectos ao Quartel de Nampula que, em 1965, passou a ser Quartel-General Avançado e que servia, também, aos quartéis adjacentes. Em 1982, a capela foi convertida em Museu para atender à nova conjuntura política.

O monumento dos soldados tombados em combate, inaugurado, em 2 de Outubro de 1988, pelo ex-Presidente da República de Moçambique Joaquim Alberto Chissano, localiza-se em frente ao Museu em memória aos soldados, sargentos e oficiais que tombaram em combate na defesa da pátria moçambicana.

                               Monumentos 4 e 5: Museu e Monumento dos soldados

  

4. Monumento ao 1° Curso de Cadetes da Escola Militar

O Monumento foi construído e inaugurado em Dezembro de 1981 pelo “Marechal Samora Machel”, para acolher a cerimónia de encerramento dos primeiros oficiais formados na Escola Militar de Nampula.

               Monumento 6: Erguido em memória aos cadetes do 1º Curso da Escola Militar (3º Acampamento)

 

  1. Busto do Patrono da Academia Militar

Erguido em 2004, para marcar o lançamento da Academia Militar “Marechal Samora Machel” criada pelo Decreto Ministerial 62/2003 de 24 de Dezembro.

                                              Monumento 7: Busto do Patrono da AM

 

Com estes monumentos, a Academia Militar participa de forma activa na construção da identidade militar local e nacional.

  1. Qualquer estudo sobre a cidade de Nampula tem de olhar para os monumentos e sítios existente na Academia Militar, berço da cidade de Nampula.
  2. Em função do tempo da sua edificação, fornece subsídios históricos, arquitectónicos e culturais para os estudantes e público em geral;
  3. A imortalização da memória colectiva, pois, existe uma associação entre as vivências dos actores, dos documentos historiados e os monumentos como herança do passado. Por tanto um monumento histórico representa as marcas da evolução de uma determinada sociedade ou indivíduos, que reflecte sobre a mentalidade e potencialidade dessa sociedade que os produziu.

 

Autores:

Nome: ( Coronel ) Azarias Severiano Chilengue

Celular: +258826449990 ou +258845517027

Email: azariaschilengue1968@gmail.com

Nome: ( Tenente ) Júlio Simione Chibayele

Celular: +258844939785 ou +258864939784

Email:  chibayele@gmail.com

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